Surf sem Mar
Entre vôos e tubos, entre um grito e outro, um momento de reflexão, aquele ”moment” que você olha pro horizonte e pensa “até onde chegarei?” Não sei, essa é a resposta. Ninguém sabe. Há alguns anos eu morava numa praia que no verão é bem badalada, mas no inverno é bem deserta. Hermena, não há nada a fazer lá a não ser surfar e beber com os amigos, e assim foi  por muitos anos, surf e tragos. Foram oito anos de surfe praticamente todos os dias, encarando muito frio e ondas de peso, fazendo trips doidas Uruguai adentro e conhecendo muita gente nessas trilhas loucas. Nesse período disputei vários campeonatos e obtive bons resultados, mas pelo fato de morar em uma cidade longe das grandes competições fui ficando pra traz e cada vez mais o tempo foi sendo meu pior inimigo. Aos 19 anos deixei de lado as competições e fui procurar o dinheiro no modo mais tradicional, trabalhando em um emprego convencional. Pra muita gente isso pode parecer uma arrogância, mas para um garoto de 18 anos que sonhava ser um surfista profissional era o fim de tudo. Aos 22 anos, depois de estar cansado do emprego que pouco pagava resolvi tentar a vida em outra cidade, tentei outra praia, mudei para a famosa Praia da Joaquina, procurava um lugar bonito e com altas ondas, aquele era o pico perfeito, mas acabei ficando pouco por lá. O meu coração estava batendo mais forte e desta vez não era pelo surf, estava apaixonado por uma garota que morava em Porto Alegre, enfim, mudei para a capital do Rio Grande do Sul. Depois de dois anos vivendo naquela selva de pedras recebi uma bolsa para estudar em Pelotas. Mais uma vez estava lá eu, com a mochila nas costas sem saber o que aconteceria dali em diante. Inicio das aulas, novos amigos e também um novo emprego (secretaria de turismo esporte e lazer) mal podia imaginar que estava prestes a conhecer e me relacionar com um dos grandes nomes do skate de Pelotas. Em Agosto de 2008 foi solicitado a STE uma reforma na pista publica de skate, foi dado a mim a responsabilidade de fazer todos orçamentos e também contratar a mão de obra. Fui apresentado então a Emanuel Bueno (Maneca), quem solicitou a reforma. Começava ali uma grande grande amizade. Depois de alguns meses eu deixei a secretaria e fui trabalhar numa loja de surf “Aloha” que logo se tornou Aloha&tripsul. Por incentivo do Maneca, Guilherme e Mauricio montei meu primeiro skate, que do CARALHOOOOO! Me apaixonei novamente!  Comecei a freqüentar a pista e assim conheci toda essa galera que é fissurada no skate e que acessa e este blog direto.

 Depois de muitos anos, aquele amor de garoto pelo surf ainda existe e existira sempre, mas existe também o skate que é minha nova paixão e que graças a ele eu posso surfar sem estar na praia.

Hoje quando olho pro horizonte e me faço a mesma pergunta, até onde chegarei? A resposta continua a mesma, “não sei” mas seja lá onde for, vou chegar com minha prancha e com meu skate Old school  debaixo do braço.

Pra quem ainda não me conhece , meu nome é Peter Jansen  e essa é grande parte da minha vida contada em poucas palavras.

                        Valeu! Até a próxima.

2 comentários:

daniel bob disse...

pode crew muito é isso ai skate sempre.esse cara é um baita amigo abraço.

Regis disse...

Dah hora veio,poh varias coisa q o cara nem imagina do Peter o cara baita exemplo pr um monte de gente,a prancha e o skate old da hora!

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